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sábado, 6 de dezembro de 2008

A Visão

As vezes, me recordo do passado distante,
E me vêm a mente um estranho semblante.
Não consigo recordar de quem é, o rosto lembrado,
Mas sei que é um velho amor, abandonado.
Questaria de reconhecer aquele traço,
E ir ao passado, procura-lo passo á passo.
Me intriga, aquele rosto a atormentar-me,
Pois parece que ele vem, como a cobrar-me.
Me assista, aquele seu olhar singelo,
Trazendo uma calma profunda, num rosto belo.
Já tentei relembrar seu nome, mais não consigo,
E onde quer que eu vá, ele vai comigo.
Seu olhar, é um olhar terno, carinhoso,
Por isso é que me sinto curioso.
Sei que o conheço, mas não consigo lembrar,
Nem do rosto nem do nome, e isto começa a me intrigar.
Não pode ser miragem, pois é tão bela.
Não pode ser uma santa de capela.
Então é alguém do meu passado,
Ou alguém do futuro, a ser chegado.
Não chega assustar-me, esta visão,
Mas chega, isto sim, a dar-me emoção
Penso que já a conheci em algum lugar,
E começo, pela visão, a me apaixonar.
Será loucura, esta minha confissão?
Será uma peça que me prega a imaginação?
Não sei o que pensar, sinceramente,
Mas de uma coisa sei: Não estou demente.
E esteja aquele rosto, onde estiver,
Eu irei encontra-lo e amarei aquela mulher.


autor: Carlos Alberto Lopes
escritor@uol.com.br

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