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domingo, 7 de dezembro de 2008

Ao Amigo Orfeu

Sono, vem ajudar-me a dormir,
Ajudar-me da solidão, sair,
Tenha piedade desde poeta,
Que esta cansado de manter a porta aberta.
Se faz necessário um bom descanso,
Para realizarmos um bom balanço,
Da vida, dos erros, dos amores.
Nada peço que não seja meu direito,
Só quero a solidão fora do peito,
Para fazer uma faxina nos meus temores
Oh’ meu amigo ingrato Orfel,
Atenda-me neste pedido meu.
Me acolha nos teus longos braços,
E deixe-me revigorar-me dos meus cansaços.
A tempos, te mandei meu grito,
O gritar do poeta aflito,
E tu nem sequer me escutou.
Hoje, dedico-te este poema,
Como prova de meu dilema,
E de como o poeta ficou.
Reduzido a simples farrapo,
Um amontoado de carne, osso, trapo,
Sem forças nem para pensar,
Muito menos para poetar.
Espero que tua sabedoria,
Dê o devido valor á poesia,
E raspei-te este poeta que a faz.
Dá, a ele, o sono merecido,
Deixe descansar o homem sofrido,
Liberte-o da solidão, dar-lhe a paz.


autor: Carlos Alberto Lopes
escritor@uol.com.br

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