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sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Demente: Liberto Assumido

Gostaria de saber a verdade,
Sobre a palavra liberdade...
Muitos poetas, já a usaram,
Mas seu significado... não mostraram.

Estou certo que alguém, algum dia,
Fará...com ela ... poesia.
Castro Alves, talvez seja o poeta,
Que mais próximo chegou da porta aberta.

Cabe a nós, homens desta geração,
Mostrar, ao mundo nossa ilusão.
Eu, no pouco que sei, não me iludo,
E, sobre a liberdade, permaneço mudo.
Pois penso que ela é diferente,
Em relação a cada ser vivente.
E o homem, em sua supremacia,
Só sabe dela, o que lê em poesia.

Pois ninguém é liberto totalmente...
Só quem possui a liberdade é o demente.
Ele não presta contas a ninguém ,
Ele não se aborrece pôr alguém,
Nada dele é exigido,
Ele sim, é liberto assumido.

Não tem horário, a cumprir,
Ninguém o pode oprimir.
Ele nunca terá consciência,
Ele nunca terá sua penitencia.
Mas será esta a liberdade?
Será o fugir da dura realidade?
Não sei... mas acho que estou certo:
O demente é o único... ser liberto.


autor: Carlos Alberto Lopes
escritor@uol.com.br

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