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sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Definição

Escrever, foi sempre o meu forte
Talvez por azar ou sorte
Nunca pude falar francamente
Mas com a pena na mão
Descarrego minha emoção
E desabafo, livremente
Este talvez seja o caminho
Para me livrar do espinho
Que a vida me reservou
Ninguém escreve como eu
O próprio estilo, é todo meu
Ninguém na vida me ensinou
E cada letra, que cai ao papel
Para mim, são gotas de mel
Que extraio do coração
Cada frase, tem seu valor
Seja de alegria ou dor
Ou apenas pura ilusão.

Talvez eu esteja errado
Em deixar o lápis cansado
Dizer tudo por mim
Mas é assim que encaro a vida
Serei assim, na despedida
Assim serei, até o fim

Com lapiseira e grafite
Escrevo, sem ter limite
Passo o dia, a noite, a vida
Cada verso, sai, simplesmente
Sem dar esforço á mente
A poesia, é minha querida

O verso, traz-me á lembrança
O bom tempo de criança
O soneto, me traz coragem
Para decifrar a mensagem
A rima, me dá o começo
Para descobrir o que não conheço
E a cada ponto do infinito
A mente me diz:Solta teu grito
Mas é difícil gritar
É mais fácil comunicar
A vida me ensinou
Que o mundo, não parou
A poesia tem seu lugar
E quanto ao grito derradeiro
Quero vive-lo primeiro
E quando tiver que gritar
Gritarei, sem excitar
Pois saberei a diferença
Entre a vitória e a recompensa
Pois saberei a diferença
Entre e a recompensa
Pois tudo tem seu final,
Tudo acaba, bem ou mal.


É pena não se poder ver
As coisas belas, acontecer
Como o nascer de uma flor
Ou o morrer, de um grande amor
A vida tem sua beleza
Como o lírio sua nobreza
E isto não irá mudar
O sol vai sempre brilhar
E em cada novo dia, ao nascer
Teremos algo novo a aprender
E neste constante aprendizado
O mundo será mudado
Pôr isso que vivo o presente
Pois o amanhã, será diferente

Talvez eu morra, ao amanhecer
Talvez o lírio, não vingue, ao nascer
Talvez seja um dia chuvoso
Talvez eu acorde nervoso
Pôr isso é que vivo o presente
Sou cauteloso e prudente
Pois o futuro, ninguém garante
Só no hoje, sou confiante
A vida é para ser conquistada
Não nasceu, para ser sonhada
E quem pensa no futuro, envelhece
E entre sonhos e ilusões,até de viver esquece

Não acredito no amor
Não castigo uma pobre flor
Sou a favor da liberdade
Detesto a falsidade
É assim que penso ser
Será assim que irei morrer
Pois a morte, é só o começo
Espero morrer, para conhecer o que não conheço

Queria ser um pássaro e poder voar
Queria poder, livremente amar
Queria poder acabar com a tristeza
Ver o mundo e freqüentar a realeza
Talvez eu queira demais
Mas seria tão bom sermos todos iguais
Poder dormir de janelas aberta
Poder gritar: Sou um poeta!

Se caso eu voltar a me apaixonar,
Acredite, não irei confessar
Sinto o frescor da manhã
Tenho corpo forte e mente sã
Mas nem tudo que sonhamos acontece
E pouca coisa do que sofremos se esquece

Pôr isso é que o mundo tem que mudar
Pôr isso é que a vida não pode parar
Cada dia tem seu lamento
E cada ser, seu sofrimento
O despertar de uma amargura
Faz com que a solidão seja mais pura
Pôr tudo isso, vivo o presente
Encaro a vida de frente
Não procuro me enganar
Pois sei que o mundo irá mudar
E eu espero esta mudança
Com força, orgulho e confiança


autor: Carlos Alberto Lopes
escritor@uol.com.br

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