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sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Deixem De Ser Apaixonados. ( outra carta de amor ).

Toda vez que penso em nosso amor, me entristeço,
Pois fui vitima de uma armadilha que não mereço.
Não é que eu me ache melhor nem mais galante,
Mas é que sem duvida eu sou mais inconstante.
Não vejo explicação para o acontecido,
E, na ânsia de procurar, me vi perdido,
Não há motivos aparentes para meu fracasso,
A não ser quem sabe, o meu próprio cansaço.
Um cansaço provocado pela insônia, pelo desamor,
Mas talvez a causa disto tudo seja meu pavor.
Um pavor sem explicação sem coerência,
Um pavor que domina minha consciência.
E deste domínio cruel é inevitável,
Nasceu nossa paixão incontrolavel.
Hoje o amor já não existe mais o medo continua,
Hoje,minha paixão não deixou se ser sua.
Mudaram-se as regras: é outra a jogada,
É uma nova noite sem duvida uma nova madrugada.
Não haverá a chuva fina, á molhar-me a face,
Nossa união chegou a encruzilhada: ao empasse.
Não tenho nova paixão; nisto levas vantagem,
Mas chequei a um ponto que não me compras com chantagem.
Esqueça de meu nome meu endereço, tudo que é meu,
E partas em busca da felicidade se é que já não a perdeu.
Já não há mais nada entre nós, tudo acabou,
Nem mesmo a fiel saudade nos restou.
Se te amei um dia bem depressa quero esquecer,
E espero, enquanto vivo ser sorteado e não mais te ver.
Gostaria de apenas dar-te um ultimo recado:
Deixe-me, lhe peço viver bem longe socegado,
Sem ter que ouvir as estórias de teus amores,
Sem ter que recordar minhas angustias, meus temores,
Vá para onde quiser, mas que seja longe de mim,
Não quero que presencies o meu meigo e triste fim.
Acabarei solitário, triste , e amargurado,
Mas de uma coisa é certa: deixei de ser apaixonado.


autor: Carlos Alberto Lopes
escritor@uol.com.br

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