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segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

É O Negar De Um Sentimento

Quando relembro nosso amor, que passou como o vento,
recordo de tudo mais, até do juramento.
Juramento de amor, eterno, imortal,
feito no dia de um triste funeral.
De acordo com o juramento, juras-te-me felicidade,
mas você se esqueceu, esta é a pura verdade.
De ti, nada posso querer, nada posso esperar,
pois hoje és mulher, já sabem o que é amar.
Já sabes, na própria pele, o que é este sofrer,
e sabes muito bem que eu não posso te querer.
Pois não é apenas o não cumprir de um juramento,
é muito mais: é o negar de um sentimento.
Gostaria de poder dizer, abertamente, que te esqueci,
mas sinto, até agora, falta do teu amor, que já perdi.
Não quero que tu voltes, pois isto não adiantaria,
pois agora tu és mulher, já não tens a fantasia.
Só o que me resta, é o sofrer calado,
só o que me resta é o viver, apaixonado.
Só o que me resta, para consolo, é a recordação,
pois se tornou impossível nosso amor, nossa união.
Cada um siga o seu caminho, passo á passo,
e eu permanecerei aqui sozinho, nesta bagaço.
Nada quero, nada espero, apenas o descansar,
nem nosso amor procuro, pois não saberia voltar a amar.
Esgotaram-se os meus sonhos, minha esperança,
o sofrimento e o amor, são pratos opostos, na balança.
Nada pode retornar, o passado já não existe,
eu só posso é esperar meu futuro, inquieto e triste.
Uma tristeza, que sem duvida alguma, arrasa meu peito,
e uma solidão tristonha, que com o tempo, toma seu jeito.

autor: Carlos Alberto Lopes
escritor@uol.com.br

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