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segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Donzelas

A tempos, quando freqüentava as boêmias,
Conheci donzelas que o mundo esqueceu.
Eram vitimas de suas próprias fantasias,
E não tinham nem futuro nem passado.... nada de seu.

Viviam do amor leviano.... comparado;
De davam ao amor.... sem o menor significado.
Eram jovens.... sem ilusão e sem carinho,
Não tinham noção do que faziam.....
Não eram dignas de onde iam......
Tratavam de escolher o melhor caminho.

Eu gostei de conhece-las, na mocidade,
Para poder entender suas pobres vidas.....
Eram jovens...... na flor da idade,
Que caminhavam no mundo sós...... desprotegidas.

Com elas, aprendi o certo e o errado,
Aprendi a vida.... e seu significado......
Me deram lições... que nunca esquecerei.
Sofriam caladas, sem reclamações,
Controlavam suas próprias emoções,
Foram senhoras..... senhoras das quais gostei.

Não posso censura-las por seu proceder,
Pois não tiveram como evitar.
Tiveram, que na vida se meter,
Para que a vida as pudesse consolar.

Tornaram-se livres, como os próprios pensamentos,
Conscientes de seus próprios sentimentos,
Tendo, como guia, só as suas consciências,
Seus pensamentos..... seus amores..... suas inocencias.

Não sei se esquecerei um dia,
Meu alegre tempo de boêmia,
Mas sei que, na noite, deixei,
Senhoras conscientes, que jamais esquecerei.


autor: Carlos Alberto Lopes
escritor@uol.com.br

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