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segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Doce Mar

No mar vagando lentamente,
Vai o veleiro... triste... solitário,
Dentro... um marinheiro imaginário,
Medita e canta... alegremente.
Medita sobre as coisas do mar,
Canta lindas canções de amor,
Diz adeus ao porto, que um dia esperava retornar,
E do cais, alguém lhe joga, uma bela e vermelha flor.
Alto mar... velas abertas...
Marujos, homens do mar alertas,
Corações tristes, solitários,
Temores... temores imaginários.
A noite cai, no mar distante,
Alguém inicia uma nova canção,
Que fala de um homem do mar, galante,
Que em porto deixou seu coração.
Triste canção, que a marujada canta,
Quando ao céu, a lua se levanta,
Fazendo com que o mar mude de cor,
Relembra o marujo, então, seu grande amor.
Param as canções;
Que o mar permaneça;
Que Deus não esqueça,
De dar, ao marujo, proteção,
De dar, ao marujo, sua mão.
Parece que, do mar, a lua se levanta,
E, com ela, as estrelas do firmamento.
O mar, sobre os cascos do veleiro, canta,
Talvez esta musica seja uma forma de lamento.
Espumas, prateadas pelo luar,
Dançam na superfície do doce mar,
As estrelas, em alto mar são como guias,
Com elas, os marujos passam noites e dias,
Viver no mar, junto a natureza,
É algo de pura e real nobreza.
No mar, tudo é calmo, delicado,
O mar, é o sonho do namorado.
Diz a lenda, que o mar nasceu,
Das lágrimas do choro da lua,
Que se apaixonou pelo sol, irmão seu,
E ele pela lua , irmã sua.
Deste imaginário amor sufocante,
Nasceu o mar, este eterno galante.



autor: Carlos Alberto Lopes
escritor@uol.com.br

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