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domingo, 7 de dezembro de 2008

Amizade

Reconheço não haver, em mim, direitos...
Reconheço que é chegado ao fim nosso começo...
Talvez nem a mínima explicação mereço...
Mas há, em mim, a mais lúcida consciência,
Que, pôr mais que encontre em penitencia,
Não foram somente meus, todos os defeitos.

Humanos foram os erros que cometemos...
Desastrosas foram as paixões, que alimentamos...
Talvez, e só talvez, demais amamos...
Esquecendo o outro “eu”, do outro lado,
Que, no correr do tempo, foi sufocado,
Pela ânsia do “ser só meu”, que todos temos.

Se houver o reconhecer dessa verdade,
Mesmo que venha com atraso considerável,
Acho que o aprender, será louvável,
No começo, iniciou ou fim, pouco importa,
Mas será a novidade do abrir a porta,
Onde , queiramos ou não, há amizade!


autor: Carlos Alberto Lopes
escritor@uol.com.br

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