Sentado, á beira de um jardim em flor,
sem nada a nos unir, a não ser o nosso amor,
forte como a vida, frágil como a consciência.
E no ressurgir de nosso carinho,
palavras de amor, ditas baixinho,
marcavam, de uma vez só, nossa existência.
Trocamos beijos, sem pretensões,
damos vagassem as nossas emoções,
dando maior sentido ao viver.
E a noite cai, como por encanto,
fazendo-nos sentir o doce pranto,
fazendo-nos, da vida, esquecer.
E na corrente das paixões acumuladas,
as nossas ilusões eram deixadas,
longe das lembranças, perto das ações.
Quanto maior era a escuridão da noite,
maior e mais feliz, eram os nossos açoites,
mais próximos estavam nossos corações.
Ficamos ali sentados, até o amanhecer,
sem nada a pensar, nada á dizer,
apenas dando vazão ao nosso amor.
E a natureza, parece que compreendia,
a inocência de nossa alegria,
fazendo nascer, ao nosso lado, uma nova flor.
Quando a madrugada veio nos encontrar,
ainda estávamos no mesmo lugar,
sentados no jardim, junto as flores.
Mas já não éramos os mesmos, do começo do dia:
éramos dois amantes, em rebeldia,
dando provas concretas de nossos amores.
autor: Carlos Alberto Lopes
escritor@uol.com.br
sábado, 6 de dezembro de 2008
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