Sentado, solitário,
A beira de um jardim florido,
Pareço despertar de um sono,
Sem ao menos Ter dormido.
É madrugada.
O dia já se aproxima para tomar o seu lugar.
Mais um poema acabado.
Um amor terminado,
Que não vai voltar.
É fria a madrugada,
Quando se é solitário
Mais ainda quando se espera
Um chegar imaginário.
Doces sonhos,
Que eu vivi, durante a noite
Sem deitar, desperto,
Sofrendo o doce açoite
Eram açoites de amor.
Não doíam nem marcavam
Nem sequer suas reais magoas
Deixavam.
E agora, com o raiar do dia,
O sonho chega ao fim.
O fim, não: o descanso,
Pois o sonhar é eterno, para mim,.
O dia traz-me o amargo recordar da ilusão
E, com ela, toma conta de mim a ingrata solidão
Por isso o meu sonhar não tem final
Pois nunca encontrei um amigo tão leal
O sonho não me deixa sozinho, sem ninguém
Quase sempre, no meu sonhar,
Estou acompanhado de alguém,
Não sei nem seu real nome,
Mais pouco importa,
O importante é que o sonho,
Deixa sempre aberta a porta.
Porta, por onde eu escapo deste sufoco
Desta vida ingrata, que me deixa louco
A noite é que me acolhe,
Nesta fugida
Pois ela é minha companheira e,
Como eu, sofrida.
Só com a noite,
Posso sentir-me em segurança
Só com a mãe noite,
É que posso ter esperança
Ela não sufoca a minha imaginação
Ela não retrai a minha doce ilusão.
E, junto a ela,
Tendo o seu amor, como tema.
Chega ao final mais este incerto poema.
autor: Carlos Alberto Lopes
escritor@uol.com.br
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
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